28 de dez. de 2013

Jaz

os campos de guerra
também são floridos
as sarjetas, os bueiros
os corações esquecidos

pois a cada nova queda,
é o solo que mais fértil fica
é a vida que mais se enverga
sem sentido, para virar nova vida

mas não há tempo para velórios,
no campo de batalha,
não há tempo para luto

ninguém se lembra dos nomes
das flores esmagadas
gente morta é adubo

Um comentário:

  1. "ninguém se lembra dos nomes
    das flores esmagadas
    gente morta é adubo"

    que fodástico esse poema. me lembrou daquele conto que a Hérica fez uma vez, sobre o soldade de guerra <3

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