de poucas nesgas de alma
construiu pulmões de respirar
teceu mãos para pintar com calma
e os pés para não voltar
dos poucos ares imundos
respirou: o mundo
que não parou de rodar
que não parou de ser mundo
não parou: nem parará
do pouco de vida que tinha, escreveu-se
num poço profundo, poema moribundo:
vivendo como quem espera
- sem delícias ou dores -
o ponto final chegar
.
(e é aqui que você coloca as flores)